domingo, 15 de junho de 2008

Não sei quantas almas tenho.
Quantos nomes ou rostos possuo.
Continuamente me estranho me desconheço.
Nunca me vi nem acabei.
O que eu sou...Não sei
De tudo sou só... por isso, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê...
Quem sente não é quem é...
Atenta ao que sou e posso olhar,
Torno-me reflexo dos que me cercam e não eu.
Cada sonho ou desejo...
É do que nasce desse reflexo e não meu.
Sou minha própria paisagem...
Assisto à minha passagem
Cada dia mutante e só
Não sei sentir-me onde estou.
Sou reflexo de almas...De amores...De dores
Sou milhares de faces ocultas
Não tenho identidade própria
Por isso, alheia, vou lendo...Vagando
Como páginas da vida escritas de diversas maneiras,
Das mais lindas as mais sofridas
Meu ser... Esse é
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li e vivi
O que julguei ou que senti....

Beijos Clara

Um comentário:

Luciene de Morais disse...

Verdade isso... quem tem alma, não tem calma...
existe sempre uma inquietação interior.
bjus